A ideia de um futuro lá na frente, distante, incerto, apocalíptico, tem servido muito bem pra guiar nossos hábitos e nossas ações não pra construir um futuro melhor, mas pra fazer com que toda o caos e a desigualdade que vemos se perpetue.
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Essa ideia fomenta utopias industrialistas, artificiais, destrutivas, patriarcais.
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Futurólogos, cientistas e designers trabalham ativamente na construção dessas utopias, e arrastam todo mundo pra esse futuro fabricado e atolado em lixo eletrônico e lama tóxica.
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O futuro não existe. O passado não fica pra trás. A noção de um tempo linear apaga o passado e ofusca a visão do próprio chão em que pisamos.
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O futuro é presente e é passado.
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Se o passado foi/é colonial, e o presente foi/é também...
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vamos ligar os pontos...
Thank you Iasin Aribuga for the resources.
